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Análise

"Guterres foi vítima de si próprio. Dá para estar a favor e contra ele"

Sebastião Bugalho considera que a atitude de Israel em recusar vistos a representantes da ONU é totalmente desproporcionada e prejudicial para aquele país.

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Israel anunciou esta quarta-feira que vai recusar vistos a representantes das Nações Unidas após as declarações do secretário-geral da ONU, António Guterres, que afirmou que o ataque do Hamas "não vem do nada, mas de 56 anos de ocupação".

Para o comentador SIC, Sebastião Bugalho, esta atitude é totalmente desproporcionada e prejudicial para aquele país que se encontra em conflito com o Hamas.

"As medidas tomadas por Israel são totalmente desproporcionadas e prejudiciais, já depois de António Guterres ter vindo esclarecer as suas palavras: Não compreendo esta reação, acho-a escusada e inusitada", atirou na antena da SIC Notícias.

Bugalho defende ainda que Guterres foi “vítima de si próprio” e que é possível estar a favor e contra ele simultaneamente, devido às suas últimas declarações sobre o conflito no Médio Oriente.

"Creio que António Guterres foi vítima de si próprio. Face às suas duas últimas declarações sobre este conflito, dá para estar a favor e contra ele", acrescentou.

Segundo o comentador SIC, Nuno Ramos de Almeida, o povo palestiniano vive refém de Israel há 17 anos. Numa política de ódio que faz que não haja a solução de dois Estados em Gaza, e que o Hamas poderá ser uma das organizações legitimadas para esse fim.

"A guerra feita em Gaza não é contra o Hamas, é contra a população palestiniana. Este povo vive refém de Israel há 17 anos. Estão reféns de uma política de ódio que faz que não haja a solução de dois Estados naquela região. O Hamas poderá fazer desta solução, é uma das organizações escolhidas pelo povo palestiniano", afirmou.