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Israel anuncia: "Está a começar a vingança" pelos crimes do Hamas

Israel anunciou na noite de sexta-feira que a vingança contra o Hamas está a começar e que o grupo islâmico “vai pagar pelos crimes contra a humanidade". Eis os principais acontecimentos desta noite.

Israel anuncia: "Está a começar a vingança" pelos crimes do Hamas
Abed Khaled

O conselheiro do primeiro-ministro de Israel disse na noite de sexta-feira que a vingança contra o Hamas “está a começar agora”. Citado pela agência Reuters, Mark Regev afirmou que o grupo “vai pagar pelos crimes contra a humanidade”.

Pouco tempo antes, as Forças de Defesa de Israel tinham anunciado a “expansão das operações terrestres” na Faixa de Gaza, uma operação que começou na noite de sexta-feira, com intensos bombardeamentos.

Serão os ataques mais intensos desde o princípio da guerra, no dia 7 de outubro, como constatou o correspondente da SIC no Médio Oriente, Henrique Cymerman.

No entanto, Cymerman explica que ainda não estaremos perante “a esperada invasão terrestre”.

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Hamas fala numa “resistência muito forte” no terreno

Esta noite, o porta-voz do Hamas, Osama Hamdan, disse que as forças israelitas estão "a avançar para as fronteiras de Gaza a partir de diferentes pontos".

“É evidente que já começaram [a invasão terrestre], mas estão preocupados com as consequências, estão preocupados com o que pode acontecer no terreno e estão a enfrentar uma resistência muito forte”.

Negociações em curso? O que dizem os dois lados

O porta-voz de Israel disse, ao início da noite, que estavam em curso tentativas de pressionar o Hamas a concluir nas próximas 48 horas a libertação dos reféns e “talvez também uma troca de presos”.

Alegações que o porta-voz do Hamas negou.

Segundo apurou Henrique Cymerman, há 224 reféns nas mãos do Hamas, mas parte deles mortos.

Guterres reforça apelo a cessar-fogo e libertação dos reféns

Entretanto, o secretário-geral da ONU voltou a repetir o apelo para um cessar-fogo humanitário e pela libertação “incondicional” de todos os reféns. Numa publicação nas redes sociais, António Guterres afirmou ainda que “este é o momento da verdade”.

“Todos devem assumir as suas responsabilidades. A História julgar-nos-á a todos”, escreveu.

Apagão na Faixa de Gaza

De acordo com o Hamas, as comunicações e a Internet foram cortadas na Faixa de Gaza, logo após o início dos ataques israelitas. Tanto o Crescente Vermelho palestiniano como os Médicos Sem Fronteiras relataram ter perdido o contacto com os seus membros em Gaza.