Crescente Vermelho denuncia bombardeamentos perto de hospital em Gaza
MOHAMMED SALEM

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Crescente Vermelho denuncia bombardeamentos perto de hospital em Gaza

Israel volta a avisar a população para sair do Norte da Faixa de Gaza, que tem sido bombardeado de forma intensa. No mesmo dia foram abertas as portas na fronteira de Rafah para a entrada de mais 24 camiões com ajuda humanitária. Do Hamas chegou um novo balanço de vítimas nas últimas três semanas: mais de oito mil palestinianos morreram, entre os quais 3.342 crianças.

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Crescente Vermelho denuncia bombardeamentos perto de hospital em Gaza

SIC Notícias

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"É impossível evacuar hospitais", reitera OMS

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SIC Notícias

Na rede social X (antigo Twitter), o diretor da Organização Mundial de Saúde, Tedros Ghebreyesus, considerou que aquelas ordens de evacuação do hospital al-Quds são "profundamente preocupantes".

"Voltamos a dizer que é impossível evacuar hospitais cheios de pacientes sem colocar as suas vidas em perigo", afirmou.

Hospital em Gaza recebeu "sérias ameaças" de Israel

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Lusa

"O exército israelita continua deliberadamente a lançar mísseis nas imediações do hospital al-Quds para forçar o pessoal médico, os deslocados e os pacientes a saírem do hospital", afirmou a organização num comunicado.

O Crescente Vermelho esclarece que, além dos doentes, aquele complexo hospitalar está a abrigar cerca de 14.000 pessoas, que procuram refúgio para se protegerem dos ataques israelitas.

Em declarações à agência France-Presse, o diretor daquele hospital, Bachar Mourad, revelou que hoje as equipas médicas receberam por duas vezes "sérias ameaças" de Israel para evacuarem a unidade de saúde porque seria bombardeada.

À mesma agência noticiosa, o porta-voz do exército de Israel explicou que foram feitos apelos ao hospital para que as pessoas possam ser retiradas para o sul de Gaza.

Governo israelita acusa Hamas de "manipulação psicológica" sobre reféns

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Lusa

O ministro da Defesa israelita acusou este domingo o Hamas de "manipulação psicológica" sobre os reféns que detém, depois do movimento islamita ter dito estar pronto para os libertar em troca de todos os prisioneiros palestinianos detidos por Israel.

"As histórias contadas pelo Hamas fazem parte da sua manipulação psicológica e esta pesa muito sobre toda a nação de Israel. O Hamas usa cinicamente aqueles que nos são queridos, percebe a dor e a pressão que causa", disse Yoav Gallant num encontro com representantes das famílias dos reféns, citado num comunicado do seu gabinete.

O líder do Hamas na Faixa de Gaza, Yahya Sinwar, disse no sábado que está pronto para concluir "imediatamente" uma troca dos reféns mantidos pelo seu movimento por "todos os prisioneiros palestinianos" detidos por Israel.

Os últimos dados das autoridades israelitas indicam que são 239 as pessoas detidas em Gaza pelo grupo islamita palestiniano Hamas, feitas reféns nos ataques em território israelita no dia 07 de outubro.

Numa conferência de imprensa, o porta-voz do exército israelita, Daniel Hagari, disse que se "trata de 239 raptados, incluindo civis que são trabalhadores estrangeiros, cuja identidade é difícil de determinar e, portanto, de poder comunicar às suas famílias".

De acordo com uma associação que defende os direitos dos prisioneiros palestinianos, são cerca de 5.200 os que estão detidos por Israel, 559 dos quais cumprem penas de prisão perpétua.

Há dezenas de milhares de palestinianos a refugiarem-se nos hospitais

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Pelo menos, 1.4 milhões de palestinianos de Gaza estão neste momento deslocados.

A polémica publicação que levou Netanyahu a pedir desculpa

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Apesar dos apelos internacionais, a operação militar israelita intensificou-se em Gaza, com um aumento do número de operacionais e confrontos terrestres no norte do território. Benjamin Netanyahu visitou militares estacionados no sul de Israel, mas continua a ser contestado por parte da população e foi hoje forçado a pedir desculpa ao País.

"Estou muito esperançoso de poder entrar em Gaza e ir a Israel"

Tribunal Penal Internacional espera "poder entrar em Gaza"

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Lusa

O procurador-geral do Tribunal Penal Internacional, Karim Ahmad Khan, espera "poder entrar em Gaza" e ir a Israel para investigar o ataque do grupo islamita Hamas e a subsequente resposta militar israelita na Faixa de Gaza.

"Estou muito esperançoso de poder entrar em Gaza e ir a Israel nesta missão em particular", disse Khan num vídeo publicado no X (antigo Twitter) quando se encontra do lado egípcio da passagem de Rafah, que liga o enclave palestiniano ao Sinai e é a única passagem de fronteira pela qual a ajuda humanitária entrou em Gaza até agora.

O procurador do TPI adiantou que conseguiu ver Gaza, mas a sua equipa "não conseguiu chegar perto" e disse que "estes são alguns dos dias mais trágicos".

"Temos investigações ativas em curso em relação aos crimes alegadamente cometidos em Israel a 7 de outubro [pelo Hamas] e também em relação a Gaza e à Cisjordânia" [por Israel] , anunciou Khan, acrescentando que "este é um momento de objetividade, de reflexão silenciosa".

"Precisamos de cooperação, precisamos de assistência", instou o procurador do TPI, que pediu para poder "ver as provas, investigar as provas incriminatórias e também as escusatórias".

"Acima de tudo, quero sublinhar neste momento que não deve haver impedimentos a que o fornecimento de ajuda humanitária chegue a crianças, mulheres e homens, civis, que são inocentes", enfatizou o procurador.

Os civis, sublinhou, são protegidos pelo direito internacional, que pode "até dar origem a responsabilidade penal quando esses direitos são restringidos, segundo o Estatuto de Roma", o tratado fundador do TPI.