O Crescente Vermelho palestiniano garante que os bombardeamentos junto ao hospital Al quds, em Gaza, têm sido constantes. A organização diz que recebeu sérias ameaças de Israel para evacuar a unidade, mas que a operação é quase impossível.
No hospital estão abrigadas cerca de 14 mil pessoas, além das equipas médicos e dos pacientes.
“Há algumas horas, o exército israelita exigiu a evacuação imediata do hospital declarando que lançaria ataques aéreos contra zonas relevantes. No entanto, as pessoas deslocadas recusaram-se a sair e continuam no hospital”, explica Anas Al-Najjar, jornalista.
Além de confirmar centenas de ataques aéreos, nas últimas horas, Israel diz que as forças terrestres já estão envolvidas em confrontos com o movimento islâmico Hamas, no interior da Faixa de Gaza. Contudo, não confirma o local exato apesar dos relatos recolhidos pelas agências internacionais, que dão conta da entrada dos tanques israelitas nos arredores da cidade de Gaza.
O Hamas garante que forçou os tanques a recuar e que a circulação na zona regressou à normalidade. Israel recusa entrar em detalhes alegando a segurança das forças no terreno, confirmando apenas que o plano está a correr como previsto.
O Hamas publicou um vídeo de três reféns israelitas na rede social X (antigo Twitter). No vídeo, as mulheres pedem ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que ceda ao pedido do grupo islâmico para trocar reféns por prisioneiros palestinianos.
Com esta grande mobilização israelita junto à fronteira parece colocar cada vez mais entraves a uma possível pausa humanitária para prestar ajuda à população civil. Até ao momento terão cruzado a fronteira de Rafah pouco mais de 100 camiões de ajuda humanitária.
Esta segunda-feira, cerca de 75 camiões de ajuda humanitária estão no posto fronteiriço, à espera para entrar na Faixa de Gaza.
De acordo com a CNN internacional, 60 desses camiões estão atualmente a ser submetidos a controlos de segurança, enquanto os restantes 15 aguardam para serem também inspecionados.