Kiev diz que a Rússia lançou esta quarta-feira o maior ataque desde o início do ano. O ministro do Interior da Ucrânia fala em mais de 100 localidades bombardeadas em 10 regiões do país.
Avança ainda que, nestes ataques, há registo de mortes que vêm adensar a lista que está a ser contabilizada pela ONU.
“Segundo o último balanço, mais de 9.900 civis foram mortos desde o início da invasão. Para pôr isto em perspetiva, é o equivalente a quase 16 civis mortos por dia”, revelou o gabinete da ONU para Assuntos Humanitários.
A mesma agência admite que o número real seja muito superior.
No leste da Ucrânia, a Rússia está a lançar novas ofensivas e alega que abateu, só no último mês, quase 40 aviões de combate inimigos.
“Gostaria de salientar que 37 aviões é quase o dobro do número de F-16 que está garantido que será entregue à Ucrânia. Por outras palavras, com este tipo de desempenho dos nossos sistemas de defesa aérea, valem cerca de 20 dias de trabalho”, afirmou Serguei Shoigu, ministro da Defesa russo.
O aviso é para Kiev, onde se volta a pedir contenção aos que esperavam mais resultados da lenta contraofensiva da Ucrânia.
“O mundo moderno está organizado de tal forma que se habitua demasiado depressa ao sucesso. Quando a agressão em grande escala começou, muitos no mundo não acreditavam que a Ucrânia fosse resistir”, lembrou Zelensky.
Com a linha da frente praticamente congelada, e apesar dos ataques constantes, a Ucrânia procura seguir em frente.