No centro de Madrid, a polícia tentou dispersar uma manifestação que juntou milhares de pessoas na capital. O protesto - que se repetiu em cidades como Barcelona, Valência e Granada - foi contra o acordo alcançado entre o Partido Socialista espanhol e os independentistas da Catalunha.
Com vários elementos extremistas infiltrados no protesto, pelo menos 24 manifestantes foram detidos, acusados de atos de violência e de perturbarem a ordem pública.
O protesto junto à sede do PSOE tinha começado horas antes, ainda de forma pacífica, em frente à representação da Comissão Europeia em Madrid. A manifestação seguiu depois pelas principais avenidas da capital espanhola, sempre com o mesmo argumento: não vale tudo para governar.
"Não queremos amnistia"
Os manifestantes contestam que, para conseguir formar um novo Governo, Pedro Sánchez tenha chegado a um entendimento com os separatistas.
O acordo, confirmado horas antes em Bruxelas, admite uma amnistia até para os que estiveram envolvidos, em 2017, na tentativa de independência da Catalunha.
A pergunta que todos fazem é o que esperam os independentistas, quando falam em "resolução de um conflito histórico".
Além dos separatistas catalães, Sánchez assinou esta sexta-feira também um princípio de entendimento com o partido pró-independentista basco.
Se até 27 de novembro não houver um chefe de governo investido pelo Parlamento, Espanha vai ter de repetir as eleições.