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"O sofrimento a que assistimos é intolerável", chefes da diplomacia da UE reiteram pedido de cessar-fogo imediato

A diplomacia europeia reconhece que a situação em Gaza, sobretudo nos hospitais, é dramática e que é preciso pôr fim à morte de civis. A União Europeia insiste em pausas imediatas nos bombardeamentos.

O chefe da política externa da União Europeia, Josep Borrell, ao centro
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A influência da União Europeia no Médio Oriente volta a ser posta à prova. Os 27 países ministros dos Negócios Estrangeiros pedem a Israel pausas imediatas nos bombardeamentos, para que ajuda humanitária possa entrar.

"A novidade é o apelo "imediato", porque os pedidos de pausas já foi feita pelo Conselho europeu [...] É fundamental que deixe de haver vítimas civis, como tem havido até agora. Estamos a falar em mais vítimas civis em Gaza nestas 5 semanas no que num ano e 9 meses na Ucrânia", afirma Borrell.

Mais de onze mil vítimas em Gaza, onde muitas são crianças. A Organização Mundial de Saúde alerta que dezenas de hospitais deixaram de funcionar.

"O nível de sofrimento a que assistimos é intolerável", defende a ministra Belga, Hadja Lahbib.

O presidente francês, Emmanuel Macron veio já dizer que nada justifica a morte de mulheres e crianças em Gaza, sobre a pressão sobre Israel, mas há também cautela nas considerações sobre o resultado dos bombardeamentos.

"Se são ou não crimes de guerra é uma matéria que as autoridades competentes, nomeadamente judiciais, algum dia poderão dizer. Não é matéria que interesse agora, enquanto MNE, estar a decidir"

Esta terça-feira, o chefe da Diplomacia europeia parte para o Médio Oriente, Josep Borrell, vai estar em Israel, Cisjordânia, Arábia Saudita, Jordânia e Qatar.

Já Portugal espera pela saída de seis cidadãos portugueses e 10 familiares próximos de Gaza, para poder levá-los do Egito para Portugal.