A Islândia está em alerta devido à iminência de uma erupção vulcânica, tendo sido já evacuada uma das cidades. As autoridades da aviação estão atentas devido aos receios que o cenário que o país viveu em 2010 volte a repetir-se.
À medida que as horas passam surgem cada vez mais imagens de fissuras e estragos provocados pelas centenas de sismos de baixa intensidade que, sobretudo, desde o final da semana passada, afetam o sudoeste da Islândia.
Estes sinais indicam que uma erupção vulcânica estará prestes a acontecer perto da capital da Islândia, na península de Reykjanes.
No sábado foi evacuada a cidade costeira de Grind-avik, a cerca de 50 quilómetros da capital, e esta segunda-feira, as autoridades permitiram, por breves instantes, que os residentes voltassem para recolher os pertences essenciais, como roupa e medicamentos, que não conseguiram trazer quando foi dada a ordem de evacuação.
Os sismos começaram há cerca de duas semanas, mas na passada quinta-feira, um terramoto mais forte de magnitude 4,8 na escala de Richter, fez soar os alarmes.
Realidade de 2010 à vista?
A Islândia, ilha situada no Oceano Atlântico Norte, tem o maior número de sistemas vulcânicos ativos na Europa.
Desta vez, os especialistas alertam que pode vir a enfrentar a erupção vulcânica mais destrutiva em 50 anos.
Se assim for, resta saber se as consequências vão ser ou não semelhantes ao à realidade vivida em 2010, quando as nuvens de cinza expelidas por um outro vulcão levaram ao maior cancelamento de voos, desde a Segunda Guerra Mundial.
Nessa altura, o espaço aéreo europeu foi encerrado e cerca de cem mil voos foram suspensos.
Na zona de Grind-avik, no sudoeste da Islândia, o alerta das autoridades da aviação foi elevado para laranja, o segundo mais grave.