Desde o início da ofensiva terrestre das forças israelitas mais 200 mil pessoas terão abandonado a cidade de Gaza, em direção ao sul, onde há cada vez menos recursos, para cada vez mais pessoas.
A norte do território, as tropas de Israel prosseguem o cerco a alguns dos maiores hospitais daquela região. Telavive diz que estão a ser utilizados para camuflar atividades militares.
Nos últimos dias, por diferentes razões, dezenas de hospitais de Gaza terão ficado completamente inoperacionais. O Al Quds, o segundo maior hospital do território, teve de deixar de receber doentes e feridos por falta de combustível para alimentar os geradores que asseguravam o abastecimento de energia.
Mas noutros casos, como parece ser o do maior hospital pediátrico de Gaza, o edifício teve de ser evacuado depois de ter sido cercado pelas forças israelitas.
No Al-Shiffa, o maior hospital de Gaza, também cercado por forças israelitas, terá sido aberta uma vala comum onde cerca de duas centenas de corpos terão sido depositadas.
Uma informação difícil de confirmar num terreno de muito difícil acesso a fontes independentes. Perto de 200 mil pessoas terão deixado o norte de Gaza nos últimos dias rumo a sul e à cidade de tendas que todos os dias fica um pouco maior e onde esta terça-feira choveu.