Centenas de palestinianos fogem pelo corredor humanitário aberto por Israel no sul de Gaza. Para os israelitas, esta é uma forma de proteger a população, mas, para os palestinianos, trata-se de uma deslocação forçada, já que deixam tudo o que têm para trás.
A equipa de reportagem da Sky News – parceira da SIC Notícias - foi impedida de falar com os palestinianos em fuga.
Nas profundezas de Gaza, a dois quilómetros do centro dos combates, várias centenas de palestinianos seguiam, com os documentos na mão, em direção ao sul. Em árabe, um soldado israelita diz-lhes que ficarão em segurança se obedecerem.
Os israelitas anunciaram um corredor humanitário para permitir aos palestinianos deslocarem-se para sul, onde alegadamente ficarão em segurança. Para quem parte, trata-se de uma deslocação forçada das suas casas, agora destruídas pelo conflito.
Os jornalistas não foram autorizados a falar com os palestinianos. Um elemento do exército israelita afirma que este corredor humanitário é um “esforço” para “deixar sair os civis inocentes”. Confrontado com o número de mortos – já mais de 11 mil em quatro semanas – afirma que “o que importa não são os números, importa é eliminar o mal”.
Os militares israelitas levaram os jornalistas pela estrada que supostamente o Hamas percorreu, até uma chegarem a uma aldeia destruída. Afirmam que os membros do grupo palestiniano continuam a emergir da rede de túneis subterrânea.
“Isto foi um vislumbre do que queriam que víssemos, mas, mesmo com tudo isto, é difícil vislumbrar como é verdadeiramente a vitória. Já o custo, esse é evidente”, afirma o jornalista da Sky News, Mark Stone.