Em França, há mais de mil cemitérios militares onde estão sepultados soldados alemães, que relembram os tempos sombrios das duas Grandes Guerras e a reconciliação entre França e Alemanha.
Mas, esta quarta-feira, nada disso impediu que se tivesse descoberto a profanação de cerca de uma dezena de lápides no cemitério de Moulin-sous-Touvent, no nordeste de França, onde estão sepultados mais de 1900 militares alemães cristãos e judeus.
As sepulturas atacadas não terão sido escolhidas ao acaso: só lápides judias foram vandalizadas.
Além deste, há um outro episódio no metro de Paris, que está a circular nas redes sociais, de um grupo de jovens a entoar cânticos contra judeus.
"Que se lixem os judeus e as avós! F**** os judeus e as avós! Somos nazis e orgulhosos!"
Discursos de ódio que parecem não abrandar, mesmo depois de mais de 180 mil pessoas terem saído às ruas de Paris contra o antissemitismo. Entre a multidão estiveram membros do Governo e os antigos Presidentes, como Nicolas Sarkozy e François Hollande.
Desde o ressurgimento do conflito no Médio Oriente registaram-se mais de 1.500 atos antissemitas. Nunca, em pleno século XX, França registou tantas ameaças, como este ano, contra a comunidade judaica no país.