O chefe da diplomacia da União Europeia termina esta sexta-feira a visita a Israel. O périplo ao Médio Oriente segue agora pelo Bahrein, Arábia Saudita, Qatar e Jordânia.
Em Israel, Josep Borrell visitou um Kibutz atacado pelo Hamas e encontrou-se com o Presidente israelita, Isaac Herzog, num local não identificado. Manifestou-se muito preocupado com a situação humanitária em Gaza e apelou aos israelitas para reduzirem o nível de sofrimento dos civis.

“Estou chocado com o sofrimento humano do povo israelita, mas também estou preocupado com o sofrimento do povo de Gaza. E quero pedir-lhe que faça tudo o que estiver ao seu alcance para diminuir o nível de sofrimento dos civis”, disse Borrell.
Num encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros de Netanyahu, Borrell pediu um imediato cessar-fogo e condenou os ataques a civis na Faixa de Gaza.
“Gaza fica não muito longe daqui. Um horror não justifica outro. Civis inocentes, incluindo milhares de crianças, morreram nas últimas semanas. Sabemos que as pessoas são obrigadas a abandonar as suas casas e precisam de ajuda. Precisam de alimentos, água, combustível e proteção.
O chefe da diplomacia da UE diz compreender a “raiva” de Israel, mas deixou um pedido: “Não se deixem consumir pela raiva.”
“Penso que é isso que o melhor amigo de Israel vos pode dizer. Porque o que faz a diferença entre uma sociedade civilizada e um grupo terrorista é o respeito pela vida humana”, acrescentou.

A deslocação de dois dias a Israel termina esta sexta-feira, com encontros com ativistas pela paz.
O alto representante para a diplomacia e vice-presidente da Comissão Europeia segue depois para a Cisjordânia, onde se vai encontrar com representantes da sociedade civil palestiniana.
Ainda esta tarde tem previstas várias reuniões com altos dirigentes palestinianos, incluindo com o presidente, Mahmoud Abbas, o primeiro-ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros.