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Sondagem à boca das urnas dá vitória à extrema-direita nos Países Baixos

Geert Wilders foi o mais votado nas eleições gerais nos Países Baixos, com uma margem esmagadora. A confirmar-se o resultado da sondagem à boca das urnas, poderá tornar-se o sucessor de Mark Rutte como primeiro-ministro.

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Uma sondagem à boca das urnas dá a vitória nas eleições gerais nos Países Baixos, com uma margem esmagadora, ao líder da extrema-direita Geert Wilders.

Numa primeira declaração esta noite, prometeu “devolver o país aos neerlandeses”.

"É altura de os partidos procurarem acordos, não podemos ser ignorados”, afirmou.

“O facto de [a vitória] ser tão grande, também foi surpreendente para mim, mas é claro que é um resultado muito agradável. As pessoas esperam de nós uma política de asilo e de imigração mais rigorosa, esperam receber mais dinheiro para pagar os seus serviços públicos e as suas compras”.

Geert Wilders ficará como o mais bem posicionado para liderar as negociações para formar uma nova coligação e, desta forma, tornar-se o sucessor de Mark Rutte como primeiro-ministro.

O que mostra a sondagem à boca das urnas?

Publicada pela estação nacional NOS, refere que o Partido da Liberdade (PVV) de Wilders conquistou 35 lugares na câmara baixa do Parlamento, com 150 assentos, mais que o dobro dos 17 que conquistou nas últimas eleições.

A aliança de esquerda de Frans Timmermans está em segundo lugar, com 26 assentos, enquanto o partido liberal de direita VVD, conquistou 23 lugares, ainda de acordo com a sondagem.

Caso seja confirmada pelos resultados finais, a vitória de Wilders marca uma súbita mudança para a direita que será recebida com apreensão em Bruxelas: o PVV prometeu nomeadamente um referendo sobre a adesão dos Países Baixos à União Europeia (UE).

"Pode não ser o que outros partidos na Europa ou em outros países procuram, mas, isto é democracia", frisou durante a tarde.

O que esperar das negociações?

Não é certo que Geert Wilders consiga formar uma coligação governamental.

Os líderes dos outros três principais partidos garantiram que não participarão numa coligação liderada pelo PVV.

Kate Parker, da Economist Intelligence Unit, alertou que esta situação levaria a um "impasse constitucional" na quinta maior economia da UE, noticiou a agência France-Presse (AFP).