A aceleração no degelo da Antártida é devastadora, afirma António Guterres, em visita oficial à região. Antes da próxima conferência da ONU sobre o clima, o secretário-geral alerta para a necessidade de compromissos coordenados entre nações.
O gelo derrete na Antártida e na Groenlândia três vezes mais rápido do que há 30 anos.
“O que acontece na Antártida não fica pela Antártida. E o que acontece a milhares de quilómetros de distância tem um impacto direto aqui mesmo na Antártida. Vivemos num mundo interligado. A poluição causada pelos combustíveis fósseis está a consumir o nosso planeta”, avisa Guterres.
Um grau e meio até 2030 é o máximo que a temperatura global pode subir e faltam seis anos para essa meta. Guterres diz, por isso, que é preciso chamar os responsáveis políticos a nível global.
“Têm de assumir as suas responsabilidades contra as mudanças climáticas. Para salvar a Antártida e salvar o planeta”.
Todos os países teriam de reduzir emissões, muito mais do que fazem agora. Se nada mudar, o aquecimento do planeta pode aumentar três graus até ao final do século.