Os Estados Unidos vão enviar um total de três aviões militares para o Egito carregados com ajuda destinada à Faixa de Gaza, o primeiro dos quais já chegou esta terça-feira, anunciaram responsáveis da Casa Branca.
Os três aparelhos, o que já aterrou e os outros dois, que seguirão “nos próximos dias”, transportam ajuda médica e alimentar, bem como equipamentos para o inverno, e será distribuída pelas Nações Unidas, precisaram os mesmos responsáveis num encontro com a imprensa na segunda-feira, cujo conteúdo tinha embargo até esta terça-feira.
As mesmas fontes sublinharam que o Presidente norte-americano, Joe Biden, que se apresenta como o principal apoiante de Israel, foi também "o ponta de lança dos esforços internacionais de resposta à crise humanitária em Gaza".
Um primeiro avião C-17 com 24,5 toneladas de material médico e bens alimentares aterrou no Egito, anunciou esta terça-feira a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional. A ONU deverá agora transportá-los para a Faixa de Gaza.
Um dos responsáveis estimou também que a quantidade de ajuda humanitária que chega por via rodoviária àquele enclave palestiniano pobre aumentou, totalizando agora 2.000 camiões de alimentos, bem como combustível, medicamentos e material necessário ao funcionamento das infraestruturas de dessalinização da água do mar.
"Atingimos em pouco mais que quatro semanas um ritmo sustentado de 240 camiões por dia", disse um dos responsáveis, que pediu para não ser identificado.
Assegurou igualmente que a ajuda distribuída e o combustível fornecido não estão "relacionados com a libertação de reféns" pelo movimento islamita palestiniano Hamas, desde 2007 no poder naquele território e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel.
"Embora tenhamos, evidentemente, aproveitado ao máximo a pausa [nos combates] destinada à libertação dos reféns para distribuir o máximo [de ajuda] possível", acrescentou.
Israel e o Hamas decidiram na segunda-feira prolongar por mais dois dias um cessar-fogo observado desde sexta-feira na Faixa de Gaza, território palestiniano cercado e devastado por sete semanas de bombardeamentos israelitas, em retaliação ao ataque de proporções sem precedentes na história do Estado de Israel, criado em 1948, perpetrado pelo Movimento de Resistência Islâmica em território israelita a 7 de outubro.
Esta trégua, a primeira desde o início da guerra, permitiu até agora a libertação de 69 reféns mantidos em cativeiro pelo Hamas em Gaza.