Numa semana de trégua humanitária entre Israel e o Hamas foram libertados 240 prisioneiros e 113 reféns, mas 136 continuam nas mãos do Hamas.
Agora, em liberdade, os reféns começaram a contar como viveram quase dois meses em cativeiro.
Boonthoom Phankhong e Natthawaree Mulkan, trabalhadores agrícolas tailandeses, foram surpreendidos pelo ataque do Hamas. Foram sequestrados pelo grupo islâmico e estiveram sete semanas em cativeiro, durante esse período agarraram-se à possibilidade de reencontrar a família.
“Durante o cativeiro estávamos sempre a encorajar-nos uns aos outros, dizendo que tínhamos de sobreviver, que viriam agências para nos ajudar. Tudo o que podíamos fazer era sentar-nos e esperar, deitados à espera e dando força uns aos outros”, conta Boonthoom.
Moran estava com a família em casa, no kibutz Nir Oz, quando o Hamas invadiu a comunidade, incendiaram casas, mataram e raptaram civis. O marido de uma das irmãs continua refém.
Apesar de aos poucos ir partilhando o que viveu, alguns detalhes Moran nem consegue contar.
“Nenhum ser humano deveria viver nas condições em que viveram. Eram obrigados a sussurrar horas e dias. Se pensarmos numa criança que só quer chorar, ou gritar ou apenas falar”, diz Moran.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, que mediou as negociações entre Israel e o Hamas, a libertação deverá terminar por aqui.