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AIEA confirma corte na central de Zaporijia, o oitavo durante a guerra

A ligação da central à sua linha elétrica de reserva foi cortada na sexta-feira e cerca de cinco horas depois, segundo o relatório da AIEA, ocorreu a perda da única linha de 750 kilowatts da central, a sua principal fornecedora externa de eletricidade.

Central Nuclear de Zaporíjia
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A Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) confirmou este sábado que houve um corte temporário no funcionamento da central nuclear ucraniana de Zaporijia, o oitavo desde o início da invasão da Rússia.

A central, explicou na sua última avaliação o diretor da agência nuclear da ONU, Rafael Grossi, "perdeu a ligação às suas linhas externas de abastecimento [de eletricidade] na noite passada e teve de recorrer temporariamente aos seus geradores de emergência a 'diesel', para arrefecer os reatores e manter as funções essenciais de segurança nuclear".

A ligação da central à sua linha elétrica de reserva foi cortada na sexta-feira por volta das 22:26 locais (20:26 de Lisboa). Cerca de cinco horas depois, segundo o relatório da AIEA, ocorreu a perda da única linha de 750 kilowatts da central, a sua principal fornecedora externa de eletricidade.

"A causa parece estar na rede externa, longe da central", considerou a agência especializada das Nações Unidas.

Como resultado, os 20 geradores a 'diesel' das instalações começaram a funcionar automaticamente, o que foi suficiente para garantir que os seis reatores da central, todos eles desligados, tinham energia suficiente para a refrigeração essencial.

A linha elétrica de 750 kilowatts afetada foi religada este sábado, pouco depois das 08:00 locais (06:00 de Lisboa). Depois disso, os oito geradores a 'diesel' que estavam em funcionamento estão a ser gradualmente desligados.

"O último corte de energia externa é mais uma chamada de atenção para a precariedade da situação da segurança nuclear na central, que pode ver-se afetada por acontecimentos longínquos", sublinhou Grossi.

"A AIEA continua a fazer tudo o que está ao seu alcance para ajudar a impedir um acidente nuclear", acrescentou o responsável, antes de apelar à Ucrânia e à Rússia para que "não tomem qualquer medida que possa pôr em maior perigo a central".

Com LUSA