Dezenas de palestinianos fazem fila para receberem uma refeição oferecida por organizações que trabalham em Gaza. São sobretudo crianças e jovens deslocados em Rafah.
“Se não tivéssemos esta cozinha, a situação seria muito difícil, não teríamos comida. Todos os dias vimos buscar alimentos à cozinha e alimentamo-nos e isso deixa-nos muito felizes”, diz criança palestiniana.
Mas não são apenas jovens, também pais chegam a estar horas na fila para poderem providenciar aos seus filhos algo para subsistir.
“Estou a levar comida para os meus filhos por causa do cerco e da guerra, porque não há comida, nem nada para beber, não conseguimos encontrar nada para os nossos filhos. Por isso, vimos para aqui e ficamos na fila durante horas para conseguirmos algo para alimentar os nossos filhos”, diz palestiniano.
As organizações internacionais alertam que há uma grave escassez de alimentos e de água, e que a população está a tentar sobreviver como consegue.
Um milhão de crianças - ou seja, todas as crianças dentro do território - sofrem agora de insegurança alimentar, enfrentando uma possível "crise nutricional catastrófica", acrescentou a diretora executiva da UNICEF, salientando que crescem os casos de diarreia e infeções respiratórias em menores de cinco anos.
Em Gaza, os efeitos da violência contra crianças "foram catastróficos, indiscriminados e desproporcionais" e, quando a guerra terminar, a contaminação por resíduos explosivos "será sem precedentes, com potencialmente dezenas de milhares de resíduos espalhados por Gaza e mais além", numa ameaça "letal para as crianças que poderá durar décadas", alertou.