O Presidente do Irão, Ebrahim Raisi, previu esta terça-feira que a ofensiva israelita contra os palestinianos na Faixa de Gaza será o fim de Israel, condenando o apoio dos países defensores dos direitos humanos.
Ebrahim Raisi assegurou esta terça-feira que a "crueldade" infligida pelas forças israelitas à população de Gaza, em particular a morte de mulheres e crianças, significará "o fim do regime sionista".
"Assistiremos à vitória dos palestinianos e à eliminação dos israelitas", declarou Raisi, num discurso no Parlamento Europeu em que propôs "uma nova ordem mundial" com os países que levantaram a voz a favor dos direitos humanos nas últimas semanas.
Raisi denunciou o facto de países que se dizem defensores dos direitos humanos, em referência aos Estados Unidos e a outros governos ocidentais, estarem a apoiar o que o Irão chama "genocídio", segundo o canal público Press TV.
O Presidente iraniano considera ainda lamentável que existam instituições internacionais "responsáveis pela defesa dos oprimidos" incapazes de atuar perante a "arrogância global" simbolizada pelos Estados Unidos, numa alusão velada às Nações Unidas e ao Conselho de Segurança.
Presidente do Irão de visita à Rússia
Ebrahim Raisi efetuará uma visita oficial à Rússia na quinta-feira para se encontrar com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, com quem discutirá questões bilaterais e internacionais, incluindo a crise de Gaza.
O Irão assinou esta terça-feira uma declaração conjunta com a Rússia contra as sanções ocidentais, de acordo com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, durante uma reunião realizada em Moscovo com o seu homólogo iraniano, Hossein Amir-Abdollahian.
A Rússia tornou-se o país mais sancionado do mundo após o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, quando o exército russo invadiu o território ucraniano, para, de acordo com o Presidente russo, "desnazificar" e desmilitarizar o país por segurança.
O Irão também está sujeito a um grande número de sanções impostas por vários governos e organizações internacionais, que acusam Teerão de apoiar o terrorismo e de atacar navios norte-americanos no Golfo Pérsico, assim como condenam o programa iraniano de enriquecimento de urânio, que teria como objetivo a criação de armas nucleares.