As forças armadas de Israel já entraram na cidade de Khan Younis, no sul de Gaza, onde dizem estarem escondidos elementos do Hamas. É também a zona onde se refugiaram centenas de milhares de palestinianos, num conflito que obrigou à fuga de mais de três quartos da população da Faixa de Gaza.
As imagens dos combates na Faixa de Gaza foram divulgadas pelas forças armadas israelitas e mostram o que está ser descrito como o mais intenso dia desde que a ofensiva terrestre começou.
Depois concentrada sobretudo na metade norte do território, a chamada segunda fase da ofensiva avança agora para o sul onde centenas de milhares de refugiados do norte se juntavam aos habitantes da já sobrepovoada cidade de Khan Younis. Todos têm agora ordem para abandonaram o local.
Organizações internacionais no terreno alertaram para o apagão dos serviços de telecomunicações. O balanço desta terça feira dá conta da morte de mais de 16 mil pessoas em quase dois meses de conflito.
Mas os ataques não deixaram o norte do território. Debaixo de fogo das tropas israelitas continuam as cidades de Gaza, Deir al-Balah no centro do território e ainda o bairro de Jabália.
Apesar de ainda desconhecer o paradeiro de 122 reféns que estarão nas mãos do Hamas, alguns jornais dão como certo o plano israelita de bombear água do mar para dentro dos túneis da Faixa de Gaza.
A Cruz Vermelha pede ajuda à comunidade internacional para encontrar uma solução politica para o conflito. O Emir do Qatar, o principal negociador das tréguas da semana passada, acusou Israel de estar a consumar um genocídio em Gaza.
Os Estados Unidos dizem que é cedo para avaliar se Israel está a seguir os pedidos de Washington para diminuir o número de baixas civis nesta segunda fase do conflito.