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Grupo de manifestantes bloqueia estrada em Los Angeles para exigir cessar-fogo em Gaza

Elementos do grupo IfNotNow, composto por "judeus americanos que se organizam para acabar com o apoio dos Estados Unidos ao sistema de 'apartheid' israelita", sentaram-se na estrada de braço dado, desencadeando um congestionamento automóvel com filas de quilómetros.

Grupo de manifestantes bloqueia estrada em Los Angeles para exigir cessar-fogo em Gaza
Myung J. Chun

Dezenas de manifestantes bloquearam esta quarta-feira uma estrada em Los Angeles, a segunda mais populosa cidade dos Estados Unidos, durante a 'hora de ponta' e reivindicaram um cessar-fogo entre Israel e o movimento islamita Hamas.

Os elementos do grupo IfNotNow, que se diz composto por "judeus americanos que se organizam para acabar com o apoio dos Estados Unidos ao sistema de 'apartheid' israelita", sentaram-se na estrada de braço dado, desencadeando um congestionamento automóvel com filas de quilómetros.

Os manifestantes colocaram ainda na estrada uma menorá, candelabro de sete braços reconhecido como um dos principais símbolos do judaísmo, e entoaram cânticos a pedir um "cessar-fogo imediato" o conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, enclave palestiniano.

"Como judeus, não podemos ficar de braços cruzados enquanto o povo de Gaza passa fome e é massacrado em nosso nome. Não podemos tolerar que a vida continue como de costume, enquanto os palestinianos são assassinados impunemente. Por isso, bloqueámos a autoestrada", escreveu o grupo nas redes sociais.

A polícia interveio cerca de uma hora depois do início do protesto, com os manifestantes a serem detidos.

O conflito entre Israel e o Hamas, que esta quarta-feira entrou no 68.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 18 mil mortos, na maioria civis, e mais de 50 mil feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, e cerca de 1,9 milhões de deslocados, segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano pobre numa grave crise humanitária.

Na terça-feira, a Assembleia-Geral da ONU aprovou por esmagadora maioria uma resolução a favor de um cessar-fogo.