O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) vota esta segunda-feira uma nova resolução para exigir um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza. No terreno, Israel insiste que evita atingir civis, mas nas ultimas horas há relatos de ataques a campos de refugiados e a hospitais.
Este domingo foi bombardeado o hospital de Nasser, em Khan Younis, tendo sido atingidas a ala pediátrica e a maternidade da unidade, resultando na morte de uma criança de 13 anos e vários feridos.
“Estávamos sentados na cama quando explodiu alguma coisa e o teto desabou para cima de nós. Estávamos sentadas e não pude fazer nada. Caíram os destroços em cima de nós e não conseguimos ver nada. Peguei na minha filha amputada e fugi. Não sei o que aconteceu aos outros”, relatou uma das mães que se encontrava no hospital de Nasser.
Em Jabalia são já mais de 110 os mortos confirmados, depois da última vaga de bombardeamentos aéreos sobre o maior campo de refugiados do norte de Gaza.
Existem ainda dezenas de pessoas soterradas nos escombros, não parando de chegar feridos aos hospitais ainda existentes, mas em colapso.
“Sejam quais forem os ferimentos, vamos trabalhar o melhor que pudermos. Temos um serviço de radiologia que usamos para as radiografias e temos um laboratório. Hoje, através de métodos primitivos, conseguimos fazer transfusões de sangue àquelas pessoas gravemente feridas”, afirmou o diretor do Centro Médico de Jabalia, Fakri Al-Mutawaq.
Telavive diz que tem feito de tudo para evitar atingir civis, mas depois das forças israelitas terem abatido por engano três reféns, e da divulgação de imagens que mostram mensagens com os pedidos de socorro dos três cidadãos que estavam sequestrados pelo Hamas, cresce a pressão para uma nova pausa que possibilitaria a libertação dos restantes ainda em cativeiro.
Países como Reino Unido, França e Alemanha pedem pausa no conflito armado.
O exército israelita diz ter descoberto o maior túnel do grupo terrorista, com cerca de 4 quilómetros de comprimento e 50 metros de profundidade, localizado em Erez na fronteira a norte do enclave.