Foram divulgadas imagens de videovigilância do momento em que o sismo de magnitude 6,2 na escala de Richter abalou o noroeste da China. As imagens foram divulgadas pela agência Reuters.
Pelo menos 126 pessoas morreram nas províncias de Gansu e Qinghai e mais de 700 ficaram feridas. Haverá ainda centenas de pessoas soterradas nos escombros dos edifícios.
As operações de resgate têm sido dificultadas pelas temperaturas mínimas que atingem a região. Espera-se que os termómetros cheguem aos -15ºC durante a noite, avança a Administração Meteorológica da China, citada pela Lusa. O Presidente chinês Xi Jinping apelou a um esforço total nos trabalhos de resgate para minimizar o número de vítimas.
Segundo o Centro da Rede Sismológica da China, o terramoto ocorreu às 23:59 de segunda-feira (15:59, em Lisboa) e teve o seu epicentro na fronteira entre as duas províncias, a cerca de dez quilómetros de profundidade.
O Governo chinês declarou nível II de resposta ao incidente. A vila de Jishisan, em Gansu, e a cidade de Haidong, na vizinha Qinghai, foram as mais afetadas.
O sismo provocou interrupções no fornecimento de água e eletricidade nas regiões afetadas, assim como nas infraestruturas de transporte e comunicações.
Os terramotos são comuns no noroeste da China, uma região montanhosa que se ergue para formar o limite oriental do planalto tibetano.
Em setembro de 2022, pelo menos 74 pessoas morreram num terramoto de magnitude 6,8 que abalou a província de Sichuan, no sudoeste da China, provocando deslizamentos de terras e abalando edifícios na capital da província, Chengdu – onde 21 milhões de habitantes se encontravam em confinamento devido a um surto de covid-19.
O terramoto mais mortífero da China nos últimos anos ocorreu em 2008, tendo atingido uma magnitude 7,9. Perto de 90.000 pessoas em Sichuan.