Milhares de marroquinos manifestaram-se este domingo, em Rabat, para exigir o fim dos ataques de Israel à Faixa de Gaza e apelar ao seu governo para que rompa as relações diplomáticas com Telavive, noticiou a agência EFE.
"Não à normalização [das relações com Israel]", "Viva a Palestina", "Estamos com a resistência [palestiniana]" e "Parem o genocídio em Gaza" foram alguns dos slogans e cartazes entoados pelos manifestantes, que iniciaram a marcha da praça central Bab Lhad até ao edifício do parlamento.
A marcha foi organizada pela frente marroquina de apoio à Palestina, que integra cerca de 19 associações, partidos e sindicatos, bem como outros grupos como o Grupo de Ação Nacional e o Observatório marroquino contra a normalização e organizações de diferentes tendências políticas.
A manifestação ficou marcada pela presença de médicos, enfermeiros e farmacêuticos de bata branca com fotografias de hospitais bombardeados na Faixa de Gaza, assim como de grupos de crianças com a bandeira palestiniana ou com o "kufiya" (lenço tradicional palestiniano), transportando pequenas estátuas embrulhadas em lençóis brancos, em alusão às vítimas mortais em Gaza.
Desde o início dos ataques israelitas a Gaza, governada pelo grupo islamita Hamas, em outubro passado, foram organizadas dezenas de manifestações e protestos em várias cidades marroquinas para manifestar o seu apoio ao povo palestiniano e exigir o corte de relações com Israel.
Israel e Marrocos restabeleceram relações diplomáticas em dezembro de 2020, num acordo tripartido em que o então presidente norte-americano, Donald Trump, reconheceu em contrapartida a soberania marroquina sobre o território do Sahara Ocidental.