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Maior ataque russo desde o início da guerra: Putin pretendeu mostrar o “momento de fragilidade ucraniana”

A análise de Germano Almeida ao maior ataque aéreo russo desde o início da invasão, que aconteceu esta sexta-feira, numa altura em que se vive um impasse no apoio dos Estados Unidos e da Europa à Ucrânia.

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Mais de 30 pessoas terão morrido e mais de 160 ficaram feridas depois de um dos maiores ataques russos que atingiu várias cidades da Ucrânia. É o mais recente balanço revelado pelas autoridades ucranianas. Os bombardeamentos atingiram infraestruturas civis e instalações industriais e militares. Segundo a Força Aérea ucraniana, 114 dos 158 mísseis e drones foram abatidos. Este foi "o maior ataque russo a cidades ucranianas em quase dois anos de guerra", sublinha o comentador da SIC, Germano Almeida.

Os ataques atingiram áreas povoadas em várias cidades ucranianas, incluindo Kiev, Lviv, Khmelnytskyy, Cherkassy, Sumi, Dnipro, Kharkiv, Odessa e Zaporijia, de acordo com o gabinete de Direitos Humanos da ONU.

Germano Almeida considera que com a grande ofensiva russa desta sexta-feira, Putin pretendeu mostrar o “momento de fragilidade ucraniana”, numa altura em que se vive um vive um impasse no apoio dos Estados Unidos e da Europa à Ucrânia.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.