Um alto responsável militar do partido islamita Hezbollah foi morto num alegado ataque israelita que teve como alvo o carro em que se deslocava no sul do Líbano, disse à France-Presse um oficial de segurança libanês.
O responsável "desempenhava um papel de liderança na direção das operações militares no sul", a partir de onde o Hezbollah tem vindo a realizar ataques quase diários contra Israel em apoio ao Hamas palestiniano nos últimos três meses, disse o funcionário libanês, que pediu o anonimato. A identidade deste "alto responsável militar do Hezbollah", apoiado pelo Irão, ainda não foi revelada.
"Foi morto num ataque israelita que teve como alvo o carro em que circulava na aldeia de Kherbet Selm", a cerca de dez quilómetros da fronteira com Israel, acrescentou a mesma fonte.
A notícia do ataque ocorre numa altura em que se receia o agravamento da situação a nível regional, nomeadamente após a morte de Saleh al-Arouri, do Hamas, e de seis outros dirigentes e quadros do movimento islamita palestiniano num ataque atribuído a Israel, no passado dia 2 de janeiro.
O ataque teve como alvo um escritório do grupo palestiniano no sul de Beirute, um reduto do Hezbollah, que no sábado disparou dezenas de ‘rockets’ contra uma base militar no norte de Israel.
No sábado, em Beirute, o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, afirmou que o Líbano não deve ser "arrastado para um conflito regional".
"É imperativo evitar uma escalada regional no Médio Oriente, é absolutamente necessário evitar que o Líbano seja arrastado para um conflito regional", afirmou Josep Borrell, que se encontrou com um responsável do Hezbollah.
A violência já causou a morte de mais de 180 pessoas no Líbano, incluindo mais de 135 combatentes do Hezbollah e mais de 20 civis, de acordo com os dados recolhidos pela France Presse. No norte de Israel, nove soldados e cinco civis foram mortos, de acordo com as autoridades israelitas.