É a primeira vez que os líderes religiosos das três fés monoteístas se reuniram no kibutz Nir Oz, no sul de Israel, junto à fronteira de Gaza. O objetivo é rezar pela paz e condenar o terrorismo no local onde o Hamas matou dezenas de israelitas judeus e muçulmanos, e sequestrou um grupo de habitantes.
No dia 7 de outubro, centenas de terroristas do Hamas forçaram os portões do kibutz Nir Oz, depois do lançamento de centenas de rockets sobre o sul, o centro e o norte de Israel.
Muitas famílias que viviam no kibutz estavam ainda na cama, quando ouviram disparos, gritos de Allah é grande e viram, nas redes sociais, como algumas famílias com crianças e idosos eram queimados vivos, violados, mutilados e sequestrados para Gaza.
Três meses mais tarde, o kibutz é um monumento silencioso de dor. 40 líderes religiosos judeus, cristãos, drusos e muçulmanos decidiram visitar conjuntamente este lugar para rezar em comunhão.
No refeitório do kibutz, as cadeiras da família de Talma ainda estão marcadas. Nas paredes, um poster chamando a data de 7 de outubro dizia "venham neste dia manifestar-se na estrada principal todos a favor da paz com os palestinianos".
Mas os terroristas do Hamas chegaram umas horas antes da manifestação. Assassinaram 40 membros do kibutz e sequestraram 77 pessoas. Uma de cada quatro pessoas do kibutz foi morta ou sequestrada.
Os sheiks muçulmanos que quiseram solidarizar-se com a população do kibutz foram ameaçados de morte aparentemente por radicais muçulmanos. É por isso que preferiram condenar os ataques de forma anónima. Mas a mensagem geral destes homens de fé é "violência em nome de deus - não na minha religião".