Sob crescente pressão internacional pela implacável campanha militar que já matou 24 mil palestinianos, Netanyahu não contempla outro cenário que não passe pelo domínio em Gaza, até ao extermínio do Hamas.
Entre israelitas cresce a frustração com o Governo, que acusam de não estar a fazer o suficiente para salvar aqueles a quem falhou, no dia 7 de Outubro, quando o Hamas encontrou caminho livre.
Apenas uma refém foi encontrada viva pelas forças de defesa de Israel e 105 foram libertados em troca de prisioneiros palestinianos. Dos 132 que se estimava permanecerem reféns do Hamas depois da trégua, 25 são já dados como mortos.
Volvidos 100 dias sem perspetiva de quando ou se, vão voltar a ver quem amam, familiares e reféns não podem subtrair dias ao cativeiro.
Os bombardeamentos israelitas destruíram mais de 50% dos edifícios.
De regresso a Gaza pela quarta vez, o comissário-geral da agência das Nações Unidas para os refugiados da palestina, diz que a fome já grassa no enclave, que as doenças se disseminam. Lembra que a catástrofe tem mão humana e que pode ser revertida, haja vontade política.