“O principal atentado em Israel desde o massacre de 7 de outubro feito pelo Hamas”. É como Henrique Cymerman classifica o ataque que esta segunda-feira resultou na morte de uma mulher, de 70 anos, e deixou dezenas de pessoas feridas.
Um tio palestiniano e o seu sobrinho, que tinham 44 e 24 anos, respetivamente, pegaram num carro, feriram uma mulher, atiraram o corpo dela para para o chão e continuaram a atropelar crianças que saíam da escola e as pessoas que passavam por essa rua, em Ra'anana, que está ao Norte de Tel Aviv, uma cidade residencial com 75000 habitantes", afirma o correspondente SIC no Médio Oriente.
Segundo os media locais, entre os feridos há quatro crianças, mas desconhece-se, para já, a gravidade.
Israel e o “grande dilema”
Henrique Cymerman considera que este ataque acontece num momento em que Israel tem um “grande dilema” para resolver na Faixa de Gaza: precisa escolher se quer “continuar a lutar contra o braço armado do Hamas”, a opção até então adotada, ou se quer colocar como prioridade máxima a “libertação dos reféns”.
“De 136 reféns, alguns estão mortos, mas segundo as informações que Israel tem, mais de 100 ainda poderiam estar vivos. Estamos a falar de pessoas como um bebé, que vai fazer na quinta-feira um ano estando preso nos túneis. (…) Tudo isto é uma situação na qual há uma pressão enorme da opinião pública sobre o Governo para libertar os reféns", comenta o correspondente SIC.