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Ucrânia diz ter atingido avião "espião" russo

Um canal militar popular, Rybar, disse que - se a informação da Ucrânia sobre as perdas russas fosse confirmada - seria "mais um dia negro para a força aérea russa".

Ucrânia diz ter atingido avião "espião" russo
Alexander Zemlianichenko/AP

Militares ucranianos afirmam ter abatido um avião espião militar russo que sobrevoava o Mar de Azov, noticia a BBC. Segundo os analistas, isto seria um golpe duro para Moscovo.

O chefe do Exército, general Valerii Zaluzhnyi, relatou que a Força Aérea "destruiu" uma aeronave de deteção de radar de longo alcance A-50 e um avião Il-22.

O A-50 deteta defesas aéreas e coordena os alvos de caças russos.

A Ucrânia tem perseverado para continuar a fazer avanços significativos contra as forças russas no sudeste.

Um briefing do Ministério da Defesa do Reino Unido a 23 de fevereiro de 2023 disse que a Rússia "provavelmente" tinha seis A-50 operacionais em serviço.

A construção dos aviões pode custar centenas de milhões de euros.

No entanto, a BBC não consegue verificar a veracidade desta informação.

As autoridades russas disseram não ter "nenhuma informação" sobre os ataques, mas comentadores russos disseram que a perda de um A-50 seria significativa.

Um canal militar popular, Rybar, disse que – se a informação da Ucrânia sobre as perdas russas fosse confirmada – seria "mais um dia negro para a força aérea russa".

O porta-voz da Força Aérea Ucraniana, Yuri Ihnat, afirmou que o Il-22 foi danificado sem possibilidade de reparo.

Libertado “mais de 50% do território ocupado pela Rússia”

O chefe de gabinete do Presidente Volodyyr Zelenskt destacou na semana passada que, que ao longo dos quase dois anos de guerra, as forças ucranianas libertaram mais de 50% do território ocupado pela Rússia e, com pequenas capacidades navais próprias, destruíram um quinto do potencial da frota de Moscovo do Mar Negro Russo.

"Se o direito internacional e a integridade territorial da Ucrânia não forem restaurados, qualquer agressor em qualquer parte do mundo poderá apoderar-se amanhã de um pedaço de qualquer país e realizar eleições falsas", observou, insistindo que "a paz que a Ucrânia procura deve garantir a sua sobrevivência, integridade, soberania e desenvolvimento" e "este é o único caminho a seguir".

O político referiu que, na reunião em Davos, serão abordadas cinco dos dez pontos da fórmula de paz de Volodymyr Zelensky, "incluindo a retirada das tropas russas, a restauração da justiça, a segurança ambiental, a prevenção da recorrência da guerra e a confirmação do fim da guerra".