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Vandalismo de ativistas climáticos: Itália impõe multas até 60 mil

De acordo com o Governo de Roma, a medida pretende "travar estas formas de protesto", aplicando multas de 20 mil euros a 60 mil euros a quem danificar património cultural italiano.

Vandalismo de ativistas climáticos: Itália impõe multas até 60 mil
Reprodução// X (antigo Twitter) Piero Cruciatti

Um projeto de lei que entrou em vigor, nesta quinta-feira, em Itália prevê multas contra vandalismo de ativistas climáticos que podem atingir os 60 mil euros, dependendo dos danos causados.

De acordo com o Governo de Roma, a medida pretende "travar estas formas de protesto", aplicando multas de 20 mil euros a 60 mil euros a quem danificar património cultural italiano.

Na quarta-feira, um juiz acusou três membros do grupo climático italiano Ultima Generazione (Última Geração, UG) de terem pintado com tinta lavável a escultura "L.O.V.E." de Maurizio Cattelan, em Milão, no ano passado.

Esta ação de protesto faz parte de uma longa série de atos considerados controversos de desobediência civil que o grupo UG tem levado a cabo para chamar a atenção sobre as alterações climáticas.

Em outras ocasiões, os ativistas italianos bloquearam o trânsito e derramaram tinta lavável sobre os vidros de proteção de obras de arte e monumentos.

"Os italianos já não terão de pagar por atos de 'eco-vandalismo'", declarou o ministro da Cultura Gennaro Sangiuliano.

E acrescentou:

“Foi aprovado um princípio de respeito pela cultura nacional: quem deformar, danificar ou estragar um monumento deve indemnizar o Estado pelas despesas incorridas para restaurar o estado original do monumento”.

“Dado que, como demonstram numerosos casos, é necessário gastar grandes somas no restauro, é bom que já não sejam os italianos a pagar, mas sim os responsáveis pelos atos”.