Uma investigação da Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu que os registos foram adulterados, mas não revela por quem. O certificado diz que o ex-chefe de Estado brasileiro recebeu a primeira dose da vacina contra a covid-19 em julho de 2021, o que, na realidade, não terá acontecido.
A CGU informou que "de acordo com os dados constantes do sistema do Ministério da Saúde, no Cartão Nacional de Vacinação do ex-presidente, há um registro contra a covid-19 que teria ocorrido em 19/07/2021, na Unidade Básica de Saúde (UBS) Parque Peruche, em São Paulo (SP)".
No entanto, Bolsonaro estava em Brasília, e não em São Paulo, no dia da suposta vacinação. Além disso, a enfermeira que consta nos registos não estava a trabalhar nesse dia.
Qual poderá ter sido o objetivo da falsificação do certificado? Segundo a investigação, o intuito era facilitar a entrada de Bolsonaro nos Estados Unidos, país que exigia a vacinação de estrangeiros para entrar no país durante a pandemia da covid-19.
Os resultados das investigações “serão encaminhados às autoridades do Estado e do Município de São Paulo para adoção das providências cabíveis”, anunciou a CGU.