A lei eleitoral russa exige que os candidatos independentes apresentem um mínimo de 300 mil assinaturas recolhidas em 40 regiões do país para poderem concorrer. A imprensa local divulgou esta segunda-feira que a equipa de Putin entregou 95 caixas de papelão cheias de petições à Comissão Eleitoral Central.
Relatórios anteriores indicaram que a campanha do presidente recolheu mais de 2 milhões de assinaturas com vista à participação nas eleições de 17 de março.
A comissão deverá finalizar a lista de candidatos até ao próximo dia 10, tendo sido, até agora, três candidaturas aprovadas: Nikolai Kharitonov do Partido Comunista, Leonid Slutsky dos Liberais Democratas e Vladislav Davankov do partido Novo Povo. Os três partidos têm assento no parlamento, onde o Rússia Unida de Putin representa a esmagadora maioria.
De acordo com as sondagens, Putin está em posição de prolongar por, pelo menos, mais seis anos, o seu domínio na Rússia, sendo atualmente o líder mais antigo a ocupar o Kremlin desde o ditador soviético Josef Stalin, que morreu em 1953.
O presidente, de 71 anos, já usou por duas vezes a sua influência para alterar a constituição do país para que pudesse, teoricamente, permanecer no poder até aos 80 anos. Vladimir Putin está no poder desde 2000 e pretende garantir um quinto mandato presidencial, depois de também ter ocupado o cargo de primeiro-ministro entre 2008 e 2012.
Segundo as sondagens locais, Putin deverá vencer as eleições presidenciais de março com mais votos face a 2018, quando garantiu cerca de 76% dos sufrágios.