Mundo

Hamas deu aprovação inicial a acordo para libertação de reféns e cessar-fogo em Gaza

A proposta foi negociada na reunião que aconteceu em Paris no fim de semana passado e que envolveu os chefes dos serviços secretos de Israel, Estados Unidos e do Egito e ainda o primeiro-ministro qatari.

Hamas deu aprovação inicial a acordo para libertação de reféns e cessar-fogo em Gaza
AMIR COHEN

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar anunciou esta quinta-feira que o Hamas deu uma aprovação inicial à proposta de um acordo que permitirá a libertação de reféns e um cessar-fogo em Gaza.

A proposta foi negociada na reunião que aconteceu em Paris no fim de semana passado e que envolveu os chefes dos serviços secretos de Israel, Estados Unidos e do Egito e o primeiro-ministro do Qatar.

"A reunião em Paris conseguiu consolidar as propostas. Esta proposta foi aprovada pelo lado israelita e agora temos uma confirmação inicial positiva do lado do Hamas", disse o ministro qatari, Majed al-Ansari, referindo-se às reuniões entre Qatar, Estados Unidos, Israel e Egito.

Durante uma palestra na Universidade Johns Hopkins, o porta-voz da diplomacia do Qatar sublinhou que ainda há pormenores a afinar, mas disse estar "otimista" porque é a primeira vez em dois meses que "ambas as partes estão de acordo sobre as premissas" em que as negociações estão a decorrer.

Al-Ansari afirmou que há "um caminho muito difícil pela frente" e avisou que a situação é "fluida", mas disse estar confiante de que nas próximas semanas poderão surgir "boas notícias".

Os chefes dos serviços secretos de Israel, dos Estados Unidos e do Egito, bem como o primeiro-ministro do Qatar, chegaram a uma proposta para uma nova trégua e uma troca de reféns por prisioneiros palestinianos, após dois dias de reuniões em Paris, que terminaram segunda-feira, cujo projeto foi depois transmitido aos dirigentes do grupo islamita palestiniano Hamas.

Em caso de acordo, esta seria a segunda trégua após a alcançada entre Israel e o Hamas entre 24 e 30 de novembro, que permitiu a troca de 105 reféns, incluindo alguns estrangeiros, pela libertação de 240 prisioneiros palestinianos.