O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, pediu esta quinta-feira desculpas publicamente pela forma como reagiu após ter sido diagnosticado com cancro da próstata, admitindo que deveria ter comunicado o seu internamento hospitalar.
"Quero ser claro. Não agi corretamente", admitiu o chefe do Pentágono, perante os meios de comunicação social, numa mensagem em que assumiu "total responsabilidade" pelos seus erros.
Austin explicou que quando recebeu a notícia foi como "um soco no estômago" e que a sua primeira reação foi manter a sua situação no foro privado, embora isso significasse que durante alguns dias nem o Presidente dos EUA, Joe Biden, nem a figura número dois do Departamento de Defesa, Kathleen Hicks, tivessem ficado a par da sua hospitalização.
"A população americana tem o direito de saber se os seus líderes sofrem de problemas de saúde que possam afetar a sua capacidade de realizar o seu trabalho, mesmo que temporariamente", reconheceu Austin, lembrando também que já está aberta uma investigação interna a esta situação.
Olhando para o futuro, Austin prometeu que caso esta situação se repita haverá uma notificação imediata, embora também quisesse deixar claro que em nenhum momento houve lacunas ou riscos na cadeia de comando.
Austin também aproveitou a oportunidade para dar detalhes sobre os seus problemas médicos, que em dezembro envolveram uma cirurgia pouco invasiva, mas que levou a um novo internamento hospitalar no início de janeiro, levando os médicos a recomendar que ficasse por alguns dias numa unidade de cuidados intensivos.
Austin esclareceu ainda que em nenhum momento pediu a ninguém do seu departamento que mantivesse a sua situação em segredo e explicou que pediu desculpas diretamente a Biden, a quem agradeceu a "total confiança" demonstrada nas últimas semanas.