António Guterres e Joe Biden expressaram receio do risco de um desastre em Rafah, cidade no sul da Faixa de Gaza onde se concentram mais de um milhão de palestinianos, quando o Exército israelita prepara uma nova ofensiva. O Egito teme uma fuga em massa de palestinianos por causa destes ataques que estão a acontecer em Rafah.
O secretário-geral da ONU avisa que mais de metade da população de Gaza foi mandada para Rafah e não tem quaisquer condições.
“Se Israel a cumprir a intenção de fazer ali uma grande ofensiva, os Estados Unidos foram já claros a dizer que não só não acompanham, como censuram essa intenção e que poderá estar de facto, ali a preparar-se uma chacina”.
Os Estados Unidos exigem uma coisa que até agora Israel não cumpriu que é uma proteção dos civis nas suas ações e mais ajuda humanitária.
“E ontem, Biden foi claro de uma forma que não tinha sido ainda desde 7 de Outubro a dizer que Israel foi exagerado na forma como respondeu ao 7 de Outubro e que não está a proteger as populações e que tem que ter mais respostas ao nível da ajuda humanitária”.
Pressão dos Estados Unidos na estratégia de Netanyahu
Germano Almeida considera que o Governo de Israel não conta parar a ofensiva. Quando Netanyahu diz, ‘estamos a meses da vitória total e só paramos quando derrotarmos completamente o Hamas’ Isso não é de alguém que quer um cessar-fogo propriamente”.
“A verdade, é que enquanto Netanyahu estiver no Governo, não vai parar a guerra enquanto não tiver essa esse objetivo, destruir o Hamas”.
De acordo com relatórios americanos, depois de tanta destruição e tantos dias, apenas 1/3 dos combatentes do Hamas foram eliminados desde 7 de Outubro por Israel, revela Germano Almeida.