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Rússia suspende pagamentos anuais ao Conselho do Ártico

Na semana passada, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo disse que se o Conselho do Ártico evoluir "para uma instituição hostil à Rússia", então Moscovo irá considerar se deve ou não sair.

Gelo no Ártico
Gelo no Ártico
Ashley Cooper

A Rússia suspendeu os pagamentos anuais ao Conselho do Ártico. A agência de notícias estatal russa RIA avança que as contribuições para o orçamento da organização só serão retomadas quando houver cooperação entre todos os países membros.

“Neste momento, o pagamento das contribuições anuais da Rússia para o orçamento do Conselho do Ártico foi suspenso até ao reinício de um verdadeiro trabalho com a participação de todos os países membros”, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo à RIA.

As relações entre os Estados ocidentais do conselho e Moscovo ficaram ‘congeladas’ depois da Rússia ter invadido a Ucrânia, há quase dois anos. Por enquanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros garante que a Rússia não tenciona abandonar a organização.

O Conselho do Ártico foi criado em 1996 para discutir os problemas que afetam a região polar, desde a poluição ao desenvolvimento económico local. Fazem parte do Conselho oito países: Finlândia, Noruega, Islândia, Suécia, Rússia, Dinamarca, Canadá e Estados Unidos.

Na semana passada, Maria Zakharova, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, disse que se o Conselho evoluir "para uma instituição hostil à Rússia", então Moscovo irá considerar se deve ou não permanecer.

Na terça-feira, o presidente da Duma, a Câmara Baixa do Parlamento russo, disse que irá a votos na próxima semana a saída da Rússia da Organização para a Segurança e Cooperação (OSCE) e que irá considerar a possibilidade de abandonar outras organizações internacionais.