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"Só um acordo de última hora em relação à libertação de reféns pode parar a operação terrestre em Rafah”

O jornalista da TSF e comentador da SIC, Ricardo Alexandre, considera positiva a indicação de que as negociações no Egito vão durar mais três dias.

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No Médio Oriente, mais uma ronda de negociações onde não houve acordo, mas há a garantia de que se vão prolongar, os diplomatas vão permanecer no Egito pelo menos por mais três dias.

“Eu creio que a única forma de parar a intenção de Netanyahu de lançar formalmente a operação terrestre em Rafah é haver um acordo de última hora em relação à libertação de reféns, só isso pode nesta altura parar a intenção do Governo Israelita”.

O New York Times dá indicação de que as negociações podem durar mais três dias. Em causa está, não só a quantidade de prisioneiros palestinianos a libertar, mas também a sua importância.

“E é certo que o Hamas mas pôs a fasquia demasiado elevada da libertação de cerca de 100 prisioneiros por cada refém libertado, mas também, chamemos-lhe assim, o grau de palestinianos a ser libertados, isto é, altas patentes. altos quadros de movimentos palestinianos, como, por exemplo Marwan Barghouti, o líder das brigadas Al Aqsa. E em relação a isso deve haver certamente muitas reservas por parte de Israel, uma vez que estamos a falar de dirigentes palestinianos que no passado foram responsáveis por atentados”.

Israel poderá estar aqui a questionar-se que poderá ser contraproducente no terreno estar a tentar eliminar o Hamas, o grande objetivo de Benjamin Netanyahu, mas, por outro lado, libertares possíveis líderes de milícias.

"Sobretudo são pessoas muito populares entre os palestinianos, pessoas como Marwan Barghouti, por exemplo, está preso há muito tempo e é bastante mais popular do que o líder da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, ou mesmo que qualquer um dos chefes políticos do Hamas e, portanto, há alguma cautela da parte de Israel em ceder na libertação de personalidades desse tipo, porque podem ser podem ser os líderes aglutinadores que os palestinianos não têm tido até com capacidade de fazer pontes entre entre a Autoridade Palestiniana e o Hamas".

Ajuda dos EUA à Ucrânia

Um sinal verde por parte do Senado norte-americano no apoio à Ucrânia, também a Israel e a Taiwan. Mas falta a luz verde na Câmara dos Representantes, tendo em conta o impasse republicano.

O Presidente da Câmara dos Representantes Mike Johson, bastante próximo de Donald Trump, disse que vai fazer todos os possíveis para que essa proposta de lei não passe.

“A questão da emigração já esteve na formulação de uma proposta anterior que foi feita, ou seja, este pacote incluía também um investimento no reforço da fronteira com o México, como sabemos, é dos assuntos mais importantes da da própria campanha eleitoral americana. Há uma crise neste momento na fronteira, na fronteira sul com as com as autoridades dos Estados Unidos a não não ter muitas mãos a medir na forma como, como, como lidam. Com a entrada de muita gente que vem que foge às guerras e aos conflitos e à fome em países da América Central e do Sul”.