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Zelensky assina acordos bilaterais com França e Alemanha

A Ucrânia enfrenta a situação mais precária desde o início da invasão russa de 2022 e o envio de novo armamento para Kiev poderá ser insuficiente para reverter a situação, segundo vários analistas.

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O Presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky, assinou dois acordos bilaterais com França e com Alemanha. Os dois acordos têm um prazo de 10 anos. No caso da Alemanha, Berlim compromete-se a manter a sanções à Rússia e a injetar 1.1 mil milhões de euros em defesa aérea e artilharia. Já Paris vai apoiar a Ucrânia com 3 mil milhões de euros em armamento.

Não se conhecem todos os termos dos acordos. Volodymir Zelensky diz que, apesar de serem pactos ambiciosos, mesmo assim a Ucrânia continua a precisar da ajuda de 56 mil milhões de euros, bloqueada no congresso norte-americano.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos no teatro de operações nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.

As últimas semanas foram marcadas por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, enquanto as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Com Lusa