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Gaza: que esforços estão em curso para impedir o avanço israelita em Rafah?

Apesar dos alertas de desastre para um potencial ataque israelita a Rafah, os Estados Unidos voltaram a vetar uma resolução das Nações Unidas para um cessar-fogo humanitário em Gaza.

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Sem surpresa e pela terceira vez desde o início da guerra, os Estados Unidos bloquearam uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que exigia em cessar fogo humanitário imediato em Gaza, justificando com as negociações em curso no Egito.

Os Estados Unidos, que têm prestado apoio financeiro e militar a Israel, alertam, no entanto, para o desastre que poderá significar o avanço israelita para o ultimo reduto em Gaza, com mais de 1 milhão de pessoas refugiadas em Rafah.

Também esta terça-feira, os Estados Unidos anunciaram a apresentação de uma futura resolução, ainda sem data prevista, que faria depender uma pausa humanitária em troca da liberação dos reféns e apoio humanitário aos civis em Gaza. Na véspera, o mesmo pedido foi feito por quase todos os países da União Europeia - a Hungria ficou de fora.

Esta terça-feira, uma voz inesperada juntou-se ao coro que defende o fim dos combates em Gaza. O herdeiro do trono britânico, William, escreveu um comunicado a falar sobre o número de mortos em Gaza no dia em que visitou as instalações da Cruz Vermelha em Londres.

Num momento em que, pelo menos, 88 jornalistas já perderam a vida em Gaza, as autoridades relatam que o número de mortes de civis ultrapassa as 29 mil, entre as quais mais de 11 mil crianças.

A Organização Mundial de Saúde diz que o grau de destruição em Gaza é indescritível. Numa entrevista à rádio, o primeiro-ministro israelita revelou que não está disposto a pagar nenhum preço pela libertação de reféns.

O exército israelita diz que a operação terrestre em Khan Younis está próxima do fim. Só agora emergem os relatos ao cerco do hospital Nasser, um dos poucos a funcionar em Gaza, que ficou parcialmente destruído pela incursão israelita.