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Lufthansa: maioria dos voos suspensos por greve do pessoal de terra

A greve foi convocada pelo sindicato alemão ver.di para o pessoal de terra da empresa e ocorre em m vários aeroportos europeus. Os trabalhadores consideram que a proposta de aumento salarial foi insuficiente.

Lufthansa: maioria dos voos suspensos por greve do pessoal de terra
Michael Probst

De acordo com a imprensa alemã, Martin Leutke, porta-voz da Lufthansa, anunciou que 90% dos voos programados para esta terça-feira tinham sido cancelados, afetando 100.000 passageiros e causando perdas de milhões de euros à companhia aérea.

Em Frankfurt, o aeroporto de passageiros mais movimentado da Alemanha e um dos mais movimentados da Europa, foram suspensas 700 descolagens e aterragens.

Na capital, Berlim, os 50 voos operados diretamente pela companhia aérea foram cancelados, enquanto as operações das filiais Eurowings, Swiss, Austrian Airlines ou Brussels Airlines não foram, por enquanto, afetadas. Em Munique, no sul do país, foram mantidos apenas cerca de 70 voos dos cerca de 400 que estavam previstos, segundo uma porta-voz do aeroporto.

A greve decorre desde as 4h de hoje (3h em Lisboa) até às 7:10h de quarta-feira (6:10h em Lisboa).

O motivo da greve são os conflitos salariais entre a companhia aérea e os cerca de 25.000 trabalhadores de terra das empresas do grupo, que incluem a Lufthansa Technik, a Lufthansa Cargo, a Lufthansa Engineering e outras, na sequência do fracasso da terceira ronda de negociações, em 12 de fevereiro. Também em fevereiro, uma greve de 27 horas paralisou grande parte das operações nos aeroportos de Frankfurt e Munique.

A Lufthansa, segundo um porta-voz, tinha proposto um aumento de cerca de 10% em 12 meses, bem como o pagamento "num futuro próximo" de um montante de 3 mil euros isento de impostos para compensar a inflação.

Segundo o sindicato dos serviços, 96% dos trabalhadores rejeitaram a proposta de aumento salarial por considerá-la insuficiente, uma vez que o ver.di exige um aumento de 12,5% e pelo menos 500 euros por mês durante 12 meses.

Com Lusa