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Análise

"O governo de Netanyahu parece estar coeso em relação a avançar para Rafah apesar da operação internacional"

Sobre a ameaça feita por Israel de que irá avançar sobre Rafah, Germano Almeida, comentador SIC, não tem dúvidas que é uma ameaça que tem de ser levada a sério uma vez que dificilmente será travada mesmo com a pressão internacional.

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Num momento em que aumenta a pressão internacional sobre Israel, sobretudo perante a atuação anunciada em Rafah. Germano Almeida, comentador SIC, faz uma análise sobre a intenção dos EUA levar a votos no Conselho de Segurança da ONU uma proposta de cessar-fogo em Gaza.

"É mais um degrau na escalada de divergência entre a posição de Biden e a posição de Netanyahu sobretudo na questão de Rafah. Os americanos consideram que a ofensiva em Rafah coloca em causa a segurança dos civis e também a segurança regional e dos próprios países vizinhos, como o Egito e por isso é que querem este cessar-fogo temporário caso Israel avance para uma operação terrestre em Gaza".

Israel garante que vai avançar sobre Rafah, caso o Hamas não liberte os reféns até dia 10 de março, o início do Ramadão.

Sobre a ameaça feita, para o comentador não há dúvidas que é uma ameaça que tem de ser levada a sério uma vez que dificilmente será travada mesmo com a pressão internacional.

"Para já não me parece que seja travada, essa declaração de que se até ao Ramadão os reféns não estiverem em casa é do ministro Gantz, o que é ainda mais preocupante", disse acrescentando, "o governo de Netanyahu parece estar coeso em relação a avançar para Rafah apesar da operação internacional. As indicações das últimas horas é que Israel vai mesmo continuar com as operações militares pelo menos durante 6 ou 8 semanas".

Germano Almeida analisou também a recandidatura de Von der Leyen à Comissão Europeia e as novas sanções que o Reino Unido e a Alemanha preparam à Rússia na sequência da morte de Navalny.