O Presidente da República garantiu este sábado que Portugal manterá "pelo tempo que for preciso" o apoio a vários níveis à Ucrânia e condenou a "guerra injusta, ilegal e imoral" provocada pela invasão russa.
"Com os nossos parceiros europeus e da Aliança Atlântica, manteremos o apoio inequívoco, político, militar, financeiro e humanitário, pelo tempo que for preciso", assegurou Marcelo Rebelo de Sousa numa mensagem publicada em português e ucraniano no site da Presidência na internet.
A Presidência da República adiantou à agência Lusa que este sábado, dia em que se assinala o segundo aniversário da invasão pela Rússia, o Palácio de Belém vai estar, desde o pôr do sol, iluminado com as cores da Ucrânia.
Na sua mensagem, o chefe de Estado português manifesta, em nome dos portugueses e em seu próprio nome, a "profunda admiração pela coragem, determinação e resiliência exibidos" pelo povo ucraniano, qualidades que, recorda, teve oportunidade de testemunhar quando visitou a Ucrânia no verão passado.
"Nesta data, quero ainda prestar homenagem aos muitos milhares de vítimas mortais desta violenta guerra perpetrada pela Rússia", refere Marcelo Rebelo de Sousa.
O Presidente da República salienta ainda que Portugal mantém a sua "condenação absoluta da guerra injusta, ilegal e imoral" que continua a ser levada a cabo pela Rússia, em "violação flagrante" do Direito Internacional e da Carta das Nações Unidas.
"Não devemos, também, esquecer-nos dos milhares de crianças ucranianas que foram deportadas involuntariamente para a Rússia, apelando ao regresso em segurança de todos estes menores", refere a mensagem.
Marcelo Rebelo de Sousa assegura também que Portugal mantém o "compromisso inabalável" para com a soberania e integridade territorial da Ucrânia e que as autoridades e os portugueses "continuarão a acolher em Portugal todos aqueles que aqui se quiserem abrigar".
"O lugar da Ucrânia é na União Europeia", salienta o chefe de Estado, que manifesta a sua satisfação pelas decisões do Conselho Europeu de conceder à Ucrânia o estatuto de candidato à União Europeia e de abrir as negociações de adesão.
"Apoiamos também a aspiração da Ucrânia em aderir à NATO, esperando que esse momento possa chegar em breve", refere o Presidente da República, reiterando, no final do texto, que "até que a plena integridade soberana da Ucrânia seja restabelecida e a ordem internacional restaurada, Portugal continuará a oferecer o seu apoio, sem reservas".
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
Costa salienta que Portugal está ao lado de Kiev o tempo que for necessário
O primeiro-ministro português afirmou que Portugal estará ao lado da "resistência heroica" do povo e das forças armadas ucranianas pelo tempo que for necessário, até que seja alcançada uma paz justa e duradoura.
Esta posição foi transmitida por António Costa em mensagens publicadas este sábado na sua conta na rede social X (antigo Twiiter).
"Há dois anos começou a guerra na Ucrânia - uma guerra trágica, injustificada, ilegal e da exclusiva responsabilidade da Rússia. Dois anos de resistência heroica do povo e das forças armadas ucranianas, de luta pela sua liberdade, soberania e integridade territorial", escreveu o primeiro-ministro.
Nesta suas mensagens, divulgadas em português e inglês, António Costa salienta que "Portugal está firmemente do lado da Ucrânia, desde o primeiro momento".
"Assim continuaremos, pelo tempo que for necessário, até que a Ucrânia possa viver numa paz justa e duradoura", acrescentou.
O primeiro-ministro participa na segunda-feira, em Paris, na reunião de alto nível para apoio à Ucrânia e que foi convocada pelo Presidente de França, numa altura em que se assinalam dois anos do início da invasão russa.
De acordo com uma nota do gabinete de António Costa, o primeiro-ministro português foi convidado por Emmanuel Macron para participar nesta reunião de apoio a Kiev, que juntará vários chefes de Estado e de Governo no Palácio do Eliseu.
A reunião de Paris, segundo fonte do Eliseu citada pela EFE, "permitirá estudar os meios disponíveis para reforçar a cooperação entre os parceiros no apoio à Ucrânia".
Santos Silva reafirma apoio de Portugal a liberdade, independência e defesa dos valores europeus
O presidente da Assembleia da República afirmou que Portugal continuará a apoiar a Ucrânia, o povo ucraniano e o seu exército, em nome da liberdade e independência e pela contínua defesa dos povos e valores europeus.
Numa mensagem publicada por Augusto Santos Silva na sua conta na rede social X (antigo Twitter), o presidente da Assembleia da República assinala este sábado os dois anos de invasão da Ucrânia pela Rússia.
"Reafirmo o apoio de Portugal à luta da Ucrânia pela sua Liberdade e Independência e pela contínua defesa dos povos e valores europeus", lê-se na publicação.
Em vídeo, Augusto Santos Silva refere que "desde a primeira hora Portugal está a favor da Ucrânia, condenando uma violação grosseira do direito internacional e da arquitetura de segurança europeia cometida pelo regime de Vladimir Putin".
Santos Silva vinca que "Portugal tem apoiado a Ucrânia no plano humanitário, no plano financeiro e económico, no plano militar e também no processo da sua adesão à União Europeia e assim continuará".
"Apoiamos a luta do povo ucraniano e do seu exército em favor da sua liberdade, da sua independência e da sua integridade territorial. A Ucrânia luta pela sua independência e luta também pela liberdade de todos nós, os europeus", concluiu.
Gomes Cravinho defende apoio redobrado pela arquitetura de segurança da Europa
O ministro dos Negócios Estrangeiros defendeu este sábado que o apoio à Ucrânia deve ser redobrado em defesa da integridade territorial do país, estando em causa também a arquitetura de segurança da Europa.
"Marcam-se hoje [sábado] dois anos desde o nefasto dia de 24 de fevereiro de 2022, o dia em que as forças armadas russas entraram por todas as fronteiras da Ucrânia depois de em 2014 já terem anexado o território ucraniano da Crimeia. Nesta data temos de redobrar os nossos esforços de apoio à Ucrânia. O que está em causa não é apenas, e como se fosse pouco, a integridade territorial da Ucrânia. Aquilo que está em causa é toda a arquitetura de segurança da Europa", disse João Gomes Cravinho.
Numa mensagem em vídeo publicada na conta do Ministério dos Negócios Estrangeiros na rede social X (antigo Twitter), o ministro sublinhou que uma vitória da Rússia afeta toda a Europa e Portugal não é exceção.
"Se Putin tiver sucesso na sua guerra ilegal, na sua guerra de agressão, contra a Ucrânia, será toda a ordem internacional a ser posta em causa, muito em particular a ordem da Europa e isso afeta diretamente Portugal e sobre isso não devemos ter dúvidas", referiu.
Considerando que "uma vitória russa semeará as sementes de uma desordem internacional durante décadas", João Gomes Cravinho frisou que "é por isso que Portugal, e tantos outros países pelo mundo fora, apoiam a Ucrânia".
"É por isso que nos mantemos firmes nesse apoio. É por isso que pensamos que a Rússia tem de ser responsabilizada diretamente pela reconstrução da Ucrânia e o próprio Putin deve responder pela guerra de agressão que ele escolheu lançar. Continuaremos a apoiar a Ucrânia", terminou.
Montenegro afirma que Portugal deve estar "sempre na defesa intransigente do povo ucraniano"
O presidente do PSD, Luís Montenegro, afirmou este sábado que "Portugal estará sempre na defesa intransigente do povo ucraniano", voltando a condenar a "invasão injustificada" da Rússia há dois anos.
"Há dois anos começava uma guerra na Europa contra os valores da liberdade. Uma invasão injustificada da Rússia de Putin à Ucrânia que atenta contra os valores do humanismo. Portugal estará sempre na defesa intransigente do povo ucraniano", escreve Luís Montenegro, numa publicação na rede social X (ex-Twitter).