Lula da Silva, Presidente do Brasil, acusou Israel de genocídio e Pedro Sánchez, primeiro-ministro espanhol, apelou à libertação urgente dos reféns do Hamas.
Lula da Silva e o chefe do Governo espanhol estiveram reunidos em Brasília, na quarta-feira, e a guerra em Gaza foi um dos temas discutidos.
Lula foi categórico, mais uma vez, nas críticas dirigidas a Israel, mais concretamente à "matança" que está a ser levada a cabo em Gaza, onde já morreram "30.000 pessoas, das quais 80% são mulheres e 8.000 crianças, e mais de 10.000 pessoas desaparecidas".
"Não é possível continuar com esta matança sem que o Conselho de Segurança da ONU pare esta guerra e permita a chegada de alimentos e medicamentos. Mais de 30 toneladas de alimentos armazenados e não conseguem chegar", declarou.
“Há dúvidas de que Israel esteja a respeitar o direito internacional”
Pedro Sánchez admitiu que "desde o início" apoiou o direito de Israel se defender contra o ataque de 7 de outubro do Hamas e garantiu que continua a exigir "a libertação urgente e incondicional dos reféns que o grupo terrorista Hamas mantém". Contudo, ressalvou que é essencial que o Governo de Netanyahu "respeite o direito internacional humanitário".
"Depois de mais de 30.000 mortos, há dúvidas razoáveis de que Israel esteja a respeitar o direito internacional humanitário", apontou.
A agenda de Sánchez em Brasília começou ao início de quarta-feira, com um encontro com um grupo de empresários espanhóis que operam no Brasil. Visitou ainda o Museu dos Povos Indígenas, tendo partindo depois para São Paulo, onde esta quinta-feira participará num fórum empresarial.
O primeiro-ministro espanhol segue depois para o Chile, onde será recebido, na sexta-feira, pelo Presidente chileno, Gabriel Boric.