O presidente francês não para de desconcertar os aliados. Se no início da guerra provocou polémica ao defender que a Rússia não devia ser humilhada, agora, Macron é o chefe de Estado que deixou de ter linhas vermelhas no apoio a Kiev. Numa entrevista à televisão francesa, esta quinta-feira, manteve como possibilidade um eventual envio de militares para a Ucrânia.
Macron garante, no entanto, que Paris não está em guerra com Moscovo, mas o Kremlin diz, que pelo menos, França mostra que está pronta a aumentar o envolvimento no conflito.
Face ao tom agressivo do Kremlin, esta sexta-feira, em Berlim, Olaf Scholz recebeu o presidente francês e o primeiro-ministro da Polónia. Os três países reúnem-se desde a queda da URSS regularmente, no fórum chamado Triangulo de Weimar. Por lá, prometeram mais armamento à Ucrânia.
Uma das principais prioridades dos três países é usar os ativos russos congelados na Europa para comprar armas.
O chanceler alemão anunciou ainda que os aliados da Ucrânia vão criar uma nova coligação para enviar artilharia de maior alcance para Kiev, no entanto, Berlim tem-se recusado a ceder os misseis alemães de longo alcance com receio de que a Alemanha seja arrastada para a guerra.