O secretário de Defesa dos Estados Unidos mostrou-se indignado com o ataque que provocou a morte de sete trabalhadores humanitários na Faixa de Gaza esta semana.
Lloyd Austin pediu ao seu homólogo israelita, Yoav Gallant, que a investigação seja rápida e transparente e os culpados responsabilizados, durante uma conversa telefónica esta quarta-feira à noite.
“O secretário de Defesa expressou a sua indignação pelo ataque aéreo a um comboio humanitário da World Central Kitchen (WCK) que matou sete trabalhadores humanitários, incluindo um norte-americano", pode ler-se no comunicado divulgado pelo Pentágono e citado pela Reuters.
Austin apela ainda que Israel tome medidas concretas e “imediatas” para “proteger os civis trabalhadores humanitários” e fala em repetidas “falhas de coordenação”.
Por sua vez, Yoav Gallant prometeu ao Pentágono continuar a trabalhar com países e organizações para "facilitar" a distribuição de ajuda na Faixa de Gaza.
As Forças de Defesa de Israel admitiram esta quarta-feira que cometeram "um erro grave" que resultou na morte de sete colaboradores da organização não-governamental norte-americana WCK, fundada pelo chef espanhol José Andrés.
"Um órgão independente investigará o acontecimento em profundidade e comunicará as suas conclusões nos próximos dias", anunciou o general Herzi Halevi, chefe do Estado-Maior israelita.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, já tinha admitido esta terça-feira que o exército israelita matou "sem querer" sete trabalhadores humanitários e o Presidente Isaac Herzog pediu desculpa pelo sucedido.
O primeiro relatório preliminar sobre o ataque concluiu que o bombardeamento não tinha "pretensão de prejudicar os trabalhadores humanitários" e aconteceu devido a uma "identificação incorreta".