O Presidente do Irão avisou esta quarta-feira que a "mais pequena invasão" de Israel provocaria uma resposta "maciça e dura", enquanto a região se prepara para uma potencial retaliação israelita após o ataque do Irão no passado fim de semana.
O Presidente Ebrahim Raisi lançou o aviso durante uma parada anual do exército, com a cerimónia a ser transferida para um quartel a norte da capital, Teerão, em vez do local habitual, uma autoestrada na periferia sul da cidade.
As autoridades iranianas não deram qualquer explicação para a mudança de local e a televisão estatal não transmitiu o desfile em direto, como nos anos anteriores.
O Irão lançou centenas de mísseis e drones contra Israel durante o fim de semana, em resposta a um ataque israelita ao complexo da embaixada do Irão na Síria, a 1 de abril, que matou 12 pessoas, incluindo dois generais iranianos.
Israel, com a ajuda dos Estados Unidos, do Reino Unido, da vizinha Jordânia e de outras nações, intercetou com êxito quase todos os mísseis e drones.
Israel só deverá atacar Irão após o final do mês
Israel só deverá retaliar contra o Irão a seguir à Páscoa Judaica, depois de 30 de abril. A informação é avançada, à ABC News, por uma fonte dos serviços secretos norte-americanos.
Outras fontes israelitas, ouvidas pela cadeia de televisão norte-americana, acrescentam que Israel terá abortado missões de retaliação pelo menos duas vezes esta semana.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, dá como certo um ataque do Estado de Israel contra o Irão, apesar dos apelos dos líderes internacionais à contenção, para evitar a escalada da tensão no Médio Oriente. O chefe do Governo de Israel promete que haverá mesmo retaliação militar, embora não revele quando nem como, depois do ataque iraniano em território israelita.
Tensões aumentam no Médio Oriente
As tensões na região aumentaram desde o início da última guerra entre Israel e o Hamas, em 07 de outubro, quando o Hamas e a Jihad Islâmica, dois grupos militantes apoiados pelo Irão, levaram a cabo um ataque transfronteiriço que matou 1.200 pessoas em Israel e raptou outras 250.
Israel respondeu com uma ofensiva em Gaza que causou uma devastação generalizada em que morreram cerca de 34 mil pessoas, na sua maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.