Israel ainda não reivindicou, oficialmente, a autoria do ataque. No entanto, uma fonte oficial confirma que o ataque pretendeu demonstrar a Teerão que os israelitas têm capacidade para chegar ao centro do país persa com as suas armas.
“É um aviso. Israel quis mostrar algo da sua capacidade de atacar dentro do Irão e fê-lo de forma quase simétrica, a atacar com drones e também alguns misseis, contra uma base militar da força aérea, exatamente o que tinha feito o Irão”, relata o correspondente da SIC no Médio Oriente, Henrique Cymerman.
O correspondente da SIC avança com a informação de que uma "uma fonte de inteligência norte-americana e de um país árabe que participou na defesa de Israel enviou a Jerusalém uma mensagem do Irão, a dizer que não vai retaliar. Ou seja, o tema está fechado neste momento.
“Netanyahu sempre evitou guerras”
A opção de realizar um ataque “limitado” terá desagradado parte da ala ultranacionalista do Governo israelita. No entanto, como explica Henrique Cymerman, quem tem o poder de decisão é o gabinete de guerra.
“O gabinete de guerra é que decide, é onde está [o primeiro-ministro] Netanyahu, o ministro da Defesa e dois centristas, um deles o rival de Netanyahu, que segundo as sondagens ganharia todas as eleições”.
Para o correspondente da SIC, “Netanyahu sempre evitou as guerras, apesar de ter algumas vezes uma retórica muito violenta”.
Israel foca-se neste momento em manter a coligação internacional que apoiou o país no dia 14 de abril e que “pode ter um papel importante no futuro”.