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Protestos pró-Palestina nos EUA: já foram detidas mais de 2 mil pessoas

Há mais de duas semanas que os protestos (e detenções) de estudantes a pedir o fim da guerra na Faixa de Gaza são uma realidade nos EUA. A Universidade de Portland é, nesta altura, o foco de maior tensão.

Protestos pró-Palestina nos EUA: já foram detidas mais de 2 mil pessoas
Jan Sonnenmair

Pelo menos 2 mil pessoas já foram detidas nos protestos universitários pró-Palestina nos Estados Unidos, desde 18 de abril.

Em quase todos os cantos dos Estados Unidos acontecem protestos que pedem o fim da guerra na Faixa de Gaza e detenções.

A Universidade de Portland é, nesta altura, o foco de maior tensão. A policia de choque tenta retirar os manifestantes de uma biblioteca ocupada.

Só esta sexta-feira já foram feitas 30 detenções.

No Canadá, cerca de 150 estudantes acamparam esta sexta-feira na Universidade de Toronto, em protesto contra a ofensiva na Faixa de Gaza. Os estudantes, que montaram 50 tendas nas primeiras horas da manhã, também exigem que a Universidade de Toronto, uma das mais importantes do Canadá e da América do Norte, cancele os seus investimentos em Israel.

A polícia canadiana teve de intervir, esta sexta-feira, quando manifestantes pró-Israel tentaram confrontar estudantes acampados na Universidade McGill.

Na quinta-feira, 200 manifestantes foram presos na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA). Polícias com equipamento antimotim investiram contra uma multidão de manifestantes.

A polícia removeu barricadas e começou a desmantelar o acampamento fortificado dos manifestantes na UCLA depois de centenas de pessoas, entre alunos e ativistas, desafiarem as ordens de saída, alguns dos quais formando correntes humanas, enquanto a polícia disparava granadas de atordoamento para dispersar a multidão.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, quebrou o silêncio sobre os protestos. O chefe de Estado norte-americano disse que a população tem direito a manifestar-se, mas sem gerar caos e violência e afastou a ideia da Guarda Nacional intervir e reitera o apoio a Israel.