Milhares de pessoas estão, esta tarde, em Malmö onde acontece o Festival Eurovisão da Canção, a protestar contra a participação de Israel na competição, devido à agressão israelita na Faixa de Gaza.
Os manifestantes juntaram-se no centro da cidade sueca que, este ano, é anfitriã da competição e gritam palavras de ordem como “Eurovisão unida pelo genocídio”.
De acordo com a Reuters, a polícia fala em 6 a 8 mil manifestantes na rua.
A organização do Festival Eurovisão da Canção reuniu-se de urgência. A informação é avançada pela agência Europa Presse, que indica que a delegação de Israel teve de ser colocada numa sala separada das delegações dos outros países em competição.
Portugal testemunhou assédio e pediu reunião urgente
Há relatos de perseguição e assédio, por parte da delegação israelita no Festival Eurovisão da Canção, a membros de outras delegações. Em causa estarão episódios que envolvem as delegações da Grécia, da Suíça, da Irlanda e dos Países Baixos, que tinham mostrado descontentamento pela participação de Israel na competição.
A RTP avança que a delegação portuguesa no Festival Eurovisão da Canção terá testemunhado alguns desses episódios e que Portugal foi um dos países que pediu uma reunião de urgência à organização do evento, por esse motivo.
Um evento apolítico?
O evento é classificado como “apolítico”, mas, no passado, tomou posição a favor da Ucrânia, excluindo a Rússia da competição desde 2022, após a invasão do território ucraniano pelas tropas russas.
Israel já teve de alterar a letra da canção com que participa no concurso, por a primeira ter referências ao conflito com o Hamas.
A final do Festival Eurovisão da Canção acontece esta noite. O festival fica marcado também por vários outros incidentes, com destaque para a exclusão do candidato dos Países Baixos, por motivos que a organização ainda não clarificou.